O primeiro teste global do libertarianismo moderno

Bem-vindos ao nosso giro semanal sobre liberdade!

Nesta semana, a Argentina anunciou que voltará a emitir um título denominado em dólar, algo que não acontecia desde 2016.
Para entender o peso disso, é preciso contextualizar:

Títulos em dólar são dívidas emitidas por um país e pagas em moeda forte.
Governos só conseguem fazer isso quando o mercado acredita que:

  1. o país não vai dar calote,

  2. a moeda local é fraca demais para ser confiável,

  3. o governo precisa captar capital estrangeiro sob regras mais rígidas.

A Argentina deixou de emitir títulos em dólar porque simplesmente ninguém mais confiava nela.
Inflação descontrolada, déficits gigantes e sucessivos defaults (termo econômico que significa calote) tornaram o país tóxico no mercado internacional.

O experimento agora é claro:
Milei quer provar que disciplina fiscal, corte de gastos e redução do Estado podem reconstruir credibilidade ao ponto de o mercado aceitar emprestar novamente.

Essa emissão será o primeiro veredito do mundo real sobre seu projeto libertário.

Confiança não se imprime

Emitir títulos em dólar exige algo que governos populistas não conseguem fabricar:
credibilidade voluntária de investidores internacionais.

Estados podem imprimir moeda, decretar regras e criar narrativas…
Mas confiança fiscal só existe quando alguém está disposto a emprestar dinheiro voluntariamente.

O fato de a Argentina tentar voltar aos mercados significa que o governo acredita que suas reformas estão produzindo um ambiente minimamente confiável, algo impensável há poucos anos.

É o primeiro experimento libertário em larga escala no século XXI

Governos ao redor do mundo seguem o mesmo padrão: mais gasto, mais dívida e mais intervenção.

Milei está tentando o contrário:

  • superávit fiscal cedo,

  • fim de subsídios insustentáveis,

  • desregulação,

  • abertura comercial,

  • e contenção monetária.

A emissão do título é o teste real para saber se o mercado vai comprar a visão libertária, ou rejeitar.

Se der certo, isso muda o debate global.

Se a Argentina captar recursos com juros razoáveis, isso pressiona governos intervencionistas do mundo inteiro, a admitir que liberdade econômica gera confiança, e confiança gera crescimento.

O problema é que nenhum estatista quer ver Milei funcionando.

E se der errado, estes mesmos estatistas usarão o fracasso como prova… ignorando que a Argentina só está nesse buraco por causa do próprio Estado.

O que está em jogo?

A Argentina não está apenas buscando financiamento.
Ela está tentando provar que um país quebrado pode renascer, quando para de gastar dinheiro que não tem, e devolve ao indivíduo o que é do indivíduo.

Para um mundo caminhando rumo a mais controle estatal, vigilância financeira e dependência governamental, a experiência argentina se tornou uma esperança.

Os próximos meses dirão se a aposta libertária ganhará força internacional…
ou se o sistema fará de tudo para sabotar quem quer um mundo mais livre.

Não confie no regime.
Acorde, se proteja... e me siga lá no Instagram.