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O FIM do DREX ?
Bem-vindos ao nosso giro semanal sobre liberdade!
O Banco Central decidiu desligar a camada de blockchain que sustentava o Drex, o chamado “Real Digital”.
Na prática, isso paralisa o projeto que prometia modernizar o sistema financeiro brasileiro.
Mas, na realidade, pode ser apenas uma mudança de rótulo — não de propósito.

O que era o Drex
O Drex nasceu com o discurso de ser uma “versão digital do real”, mas a ambição sempre foi muito maior.
Por trás da narrativa de eficiência estavam promessas de automatizar a compra e venda de imóveis, acabar com a burocracia dos cartórios, acelerar o crédito rural e permitir que cada contrato e ativo existisse em formato tokenizado — totalmente rastreável e programável.
Tudo isso sob o controle de um único emissor: o Estado.
O congelamento
Agora, o BC diz que o sistema usado — baseado em Ethereum Virtual Machine e Hyperledger Besu — era caro e inseguro.
Que o projeto será “repensado”.
Mas o que está sendo repensado, de fato: a tecnologia… ou a forma de manter o mesmo controle sem levantar suspeitas?
A justificativa é segurança — o resultado é o oposto.
A diferença é que agora a insegurança será monopólio do governo.
Enquanto alguns comemoram o “fim” do Drex, o mais provável é que o Banco Central apenas mude de estratégia.
Talvez sem blockchain, talvez com outro nome — mas com o mesmo objetivo: criar uma moeda digital programável e rastreável.
A blockchain é útil quando usada voluntariamente, entre indivíduos livres.
Mas nas mãos do Estado, vira uma ferramenta de vigilância total.
E embora o projeto pareça ter acabado, a vontade de tokenizar tudo continua viva.
Tokenizar imóveis, carros e contratos pode parecer eficiente — até o dia em que tudo passa a ser rastreável, bloqueável e condicionado à obediência.
E o mais curioso é que o mecanismo de controle que o Drex prometia já começou a ser testado em outro formato: o Split Payments. Que já é um projeto em andamento, criado pela Lei Complementar nº 214/2025

Um sistema onde o dinheiro que você paga não vai direto para quem você escolheu, mas passa antes por um filtro programado pelo Estado — que vai recolher automaticamente os impostos, e talvez façam isso através do próprio PIX.
O problema nunca foi a blockchain.
Com blockchain, o governo teria transparência auditável — mas também vigilância total.
Sem blockchain, o sistema perde transparência, mas o poder continua concentrado.
O resultado é o mesmo: controle.
Por isso, não se engane.
A narrativa de que o Drex “acabou” é ilusória.
O que o Banco Central está fazendo é trocar o rótulo, não o plano.
O objetivo continua o mesmo: criar uma versão digital e programável do dinheiro, controlada por um punhado de burocratas.
E, se não for pelo Drex, virá por outro nome — mais “seguro”, mais “eficiente”, mais “inovador”.
Afinal, você por acaso conhece algum Estado que não quer mais poder?
Ele se retroalimenta do nosso dinheiro.
Dificilmente vai existir um Estado que não busque expansão.
Sendo assim, podemos esperar agora algum plano silencioso para controlar o nosso dinheiro — justamente porque esse é o meio que, há décadas, os esquerdistas apontam como o melhor caminho para confiscar a propriedade individual dos cidadãos de bem.
Não confie no regime.
Acorde, se proteja... e me siga lá no Instagram.
