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E se o Brasil for Desligado do Sistema?
Bem-vindos ao nosso giro semanal sobre liberdade!
Na última semana, a tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos escalou a um novo patamar. Após o anúncio de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, motivadas oficialmente por questões comerciais, mas com fortes indícios de retaliação geopolítica, principalmente pelas falas de Lula contra o dólar e os avanços do BRICS, uma pergunta incômoda começou a circular nos bastidores diplomáticos e financeiros:
O que acontece se os EUA decidirem aplicar sanções reais ao Brasil?
Não apenas tarifas.
Mas sanções de verdade.
O que significa ser sancionado pelos EUA?
Quando um país entra na mira de sanções americanas, as consequências vão muito além de impostos sobre exportações. Rússia, Irã, Coreia do Norte e Venezuela são exemplos de países que já passaram por isso.
E o que aconteceu com eles?
Foram excluídos do sistema SWIFT, a principal rede de mensagens financeiras entre bancos do mundo. Isso paralisa transferências internacionais e isola o país do comércio global.
Tiveram o acesso ao GPS bloqueado ou degradado — o sistema americano de geolocalização usado em tudo: agricultura, logística, telecomunicações e até aviação civil.
Sofreram bloqueios de ativos internacionais, sanções a empresas e cidadãos e restrições em tecnologias estratégicas.
No caso da Rússia, após a invasão da Ucrânia, tudo isso foi aplicado de uma vez. Inclusive o corte do SWIFT e o alerta para uso limitado do GPS, forçando o país a recorrer a sistemas alternativos, inclusive os vindos da China.
E o Brasil? Está preparado para isso?
Curiosamente, ou não, duas notícias chamaram atenção nos últimos dias:
O Brasil está flertando com o BeiDou, o sistema de posicionamento por satélite da China, como alternativa ao GPS americano.
A UnionPay, maior operadora de cartões do mundo — controlada pelo Estado chinês — acaba de anunciar oficialmente sua chegada ao Brasil.
Essas decisões foram apresentadas como avanços tecnológicos ou expansão de parcerias estratégicas, mas o timing é simbólico.
Estaríamos apenas nos preparando para um possível bloqueio?
Ou já entregando nossa soberania digital e financeira à China, em troca de proteção contra os Estados Unidos?
BeiDou e UnionPay: Soluções ou armadilhas?
BeiDou é o equivalente chinês ao GPS. Está cada vez mais avançado e cobre praticamente todo o planeta. Porém, é controlado diretamente pelo Partido Comunista Chinês, com níveis de criptografia e segurança voltados principalmente para uso militar e estatal.
A adoção do BeiDou pelo Brasil levanta preocupações:
Dados estratégicos de geolocalização, como rotas aéreas, agrícolas e logísticas, poderão ser processados por infraestrutura fora do controle nacional.
A dependência pode dificultar futuras mudanças, caso o cenário geopolítico se inverta.
Já a UnionPay, embora vendida como uma mera concorrente da Visa e Mastercard, é um instrumento direto da expansão financeira da China.
Ela opera em mais de 180 países e é a principal emissora de cartões na Ásia, substituindo marcas ocidentais em mercados sancionados.
Sua entrada no Brasil representa:
A possibilidade de substituição gradual da infraestrutura de pagamentos por uma versão chinesa.
O acesso a dados de consumo, perfis financeiros e padrões de compra dos brasileiros.
A porta de entrada para o yuan digital, moeda estatal da China já em teste avançado no sudeste asiático.
A ilusão da neutralidade tecnológica
GPS, SWIFT, bandeiras de cartão, satélites… nada disso é neutro.
A infraestrutura que sustenta a economia global é profundamente política. E países que se desalinham da ordem dominante são punidos com bloqueios tecnológicos, com efeitos imediatos na vida cotidiana da população.
O Brasil pode, sim, ser alvo de sanções.
Os sinais de atrito estão se acumulando. E o movimento silencioso rumo à infraestrutura chinesa parece ser uma resposta.
O problema? Estamos apenas trocando de senhor.
O que fazer agora?
Enquanto governos fazem apostas geopolíticas, quem paga o preço somos nós.
É por isso que cada vez mais brasileiros estão construindo redes alternativas de proteção individual:
Reservas fora do alcance do sistema financeiro tradicional.
Meios de troca que funcionam fora do controle estatal.
Infraestrutura digital própria e independente.
Tudo isso já existe. E você pode começar agora.
Bitcoin. Cold Wallet. Acesso direto ao mercado global.
É disso que falamos aqui.
E é por isso que estamos apostando na liberdade financeira como defesa.

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