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Não temos 1 dia de paz – E se tudo isso for um psyop?
Bem-vindos ao nosso giro semanal sobre liberdade!
O que parecia uma denúncia legítima virou combustível para um dos maiores ataques à sua liberdade.
Nos últimos dias, o Brasil assistiu a mais uma história que parece roteiro pronto.
Um vídeo do influenciador Felca viralizou ao denunciar a chamada “adultização de crianças” nas redes sociais. O conteúdo gerou comoção, debate, reações de políticos, influenciadores e, como sempre… manobras silenciosas por trás da cortina.
A indignação foi real. Mas a consequência? Essa já estava armada.

O vídeo que caiu como uma luva
O vídeo de Felca, embora não diga abertamente que "a solução é regular as plataformas", joga toda a culpa nas redes sociais.
Não há uma palavra sobre o governo, sobre leis que já existem, sobre responsabilização criminal ou judicial. Só a narrativa de que “as plataformas são culpadas e precisam ser contidas”.
Essa mensagem, proposital ou não, entrega de bandeja o argumento que o governo precisava para retomar a pauta de regulação digital.
Horas depois da repercussão, Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados — um dos cargos mais poderosos da República —, anunciou que irá pautar ainda esta semana projetos de controle das redes sociais, citando diretamente o vídeo do Felca como justificativa.
Ou seja: a comoção já virou munição.
O PL 1380/2025 – A vigilância facial obrigatória
O projeto que está prestes a avançar é o PL 1380/2025, e ele prevê algo alarmante:
Obrigatoriedade de reconhecimento facial para se cadastrar e acessar redes sociais;
O sistema deverá comparar seu rosto com documentos oficiais;
Caso não haja autenticação, sua conta poderá ser bloqueada em até 30 dias;
A tecnologia deverá ser fornecida pelas plataformas, com armazenamento regulado pela LGPD;
O projeto prevê sanções civis, criminais e administrativas para descumprimento.
É o tipo de lei que transforma toda a internet brasileira num gigantesco sistema de vigilância biométrica estatal, tudo sob o pretexto de “proteger as crianças”.
A ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) já alertou sobre os perigos desse tipo de medida:
Algoritmos de reconhecimento facial com alto índice de erro e vieses raciais;
Exposição de dados biométricos sensíveis, alvos preferenciais de hackers;
Ausência de estudo de impacto sério sobre privacidade e segurança;
Perda total de anonimato e liberdade de expressão.
Uma vez que sua face, CPF e opinião estiverem conectados, qualquer deslize pode virar justificativa para punição.
Coincidência demais para ignorar
Felca é amigo próximo de Felipe Neto, o mesmo que:
liderou a campanha pela criação do “Comitê da Verdade”,
defendeu o controle estatal das redes,
tem histórico de manipular pautas emocionais para justificar censura.

Agora, Felca viraliza com um discurso que, na prática, entrega o pretexto perfeito para a volta do PL da Censura, e faz isso a menos de um ano das eleições, num momento em que a esquerda está desesperada para aprovar essa regulação.
Não parece coincidência.
Parece armação.
E sabe o que é pior?
As pessoas caíram na armadilha!
Diversas pessoas compartilharam o vídeo achando que estavam ajudando a combater abusos.
Mas, na prática, só alimentaram a narrativa que o sistema queria.
Ao invés de cobrar justiça, passaram a bater nas redes sociais, exatamente como o governo precisava que fizessem.
Agora, a população está emocionalmente moldada, e qualquer um que se oponha ao PL será acusado de “proteger pedófilos” ou “ser contra as crianças”.
Tudo se encaixa bem demais
O vídeo explode.
A culpa recai sobre as redes.
O presidente da Câmara entra em ação.
O PL do reconhecimento facial avança com urgência.
Tudo em menos de uma semana.
Seria isso um movimento orgânico? Ou um psyop cuidadosamente ensaiado para empurrar a censura goela abaixo?
Você decide.
Mas uma coisa é certa: cada “urgência moral” promovida pelo sistema é só mais um passo rumo ao controle absoluto do que você pode ou não dizer na internet.
Hoje é pelo “bem das crianças”.
Amanhã é pelo “combate ao discurso de ódio”.
Depois de amanhã… será só você, sua cara na câmera, e o Estado decidindo se você tem permissão para existir online.

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